Um outro olhar para a origem da Umbanda

No princípio haviam os índios, depois vieram os europeus, que tentaram escravizar os silvícolas e ao desistir desse intento, trouxeram os africanos à força.

 

Os índios tinham a Pajelança a conectá-los à Tupã. Os europeus trouxeram o Catolicismo e os africanos o Candomblé.

 

O contato dos índios com os negros fez com que seus filhos, os caboclos, impedidos de frequentar a Pajelança índigena, criassem seus próprios cultos: a Jurema Sagrada, o Catimbó, a Cabula, o Tambor de Mina.

 

Já os africanos tiveram que inventar o sincretismo religioso, misturando os Santos do Catolicismo com os Orixás do Candomblé, para manterem suas tradições africanas.

 

No entanto, os espíritos dos índios, pretos velhos, caboclos, boiadeiros, marinheiros não encontraram espaço para se manifestar no Candomblé (fato compreensível, visto que não pertenciam à história da África), exclusão que voltou a ocorrer no surgimento do Espiritismo.

 

Somente com a criação da Umbanda, em 1908, é que esses antepassados encontraram outro espaço para se manifestar além da Mesa da Jurema, fazendo da Umbanda uma religião genuinamente brasileira, construída de baixo para cima, por índios, negros e brancos. Uma religião que começou muito antes de 1.500.